Dentre os vários distúrbios de
aprendizagem existentes, focaremos: dislexia, disgrafia e discalculia.
DISLEXIA
Etimologicamente,
"dislexia deriva
dos conceitos “dis” (desvio) + “lexia” (leitura, reconhecimento das palavras). 'É caracterizada por dificuldades na correção
e/ou fluência na leitura de palavras e por baixa competência leitora
e ortográfica. Estas dificuldades resultam tipicamente de um défice
na componente fonológica da linguagem que é frequentemente imprevisto
em relação a outras capacidades cognitivas e às condições educativas.
Secundariamente podem surgir dificuldades de compreensão leitora, experiência de
leitura reduzida que podem impedir o
desenvolvimento do vocabulário e dos conhecimentos gerais.'” (COELHO).
Para se trabalhar com alunos que
apresentam este distúrbio é necessário utilizar métodos estimulantes
como artes, música, recursos tecnológicos e atividades físicas. Segundo Freitas
o professor poderá incluir no processo de aprendizagem algumas ferramentas para
auxiliar o aluno disléxico como:
·
Recurso multissensorial.
·
Estimular as habilidades dos alunos.
·
Desenvolver o prazer pela leitura.
·
Trabalhar com atividades que ampliem o
conhecimento do vocabulário.
·
Explorar seu mundo imaginário e suas
habilidades práticas e criativas
·
Elogiar sempre que merecido.
·
Posicionar o disléxico nas primeiras
carteiras e garantir sempre que ele compreendeu a tarefa solicitada.
·
Estimular a organização e disciplina
para o trabalho.
·
Permitir a gravação de aulas
expositivas, visto que o disléxico apresenta dificuldades para anotar e prestar
atenção ao mesmo tempo.
·
Dar tempo adequado dependendo do
trabalho a ser realizado, o disléxico despenderá maior tempo quando o
solicitado.
·
Fazer provas orais e fornecer mais tempo
para as provas que exijam leitura e escrita.
DISGRAFIA
Etimologicamente
"deriva dos conceitos “dis” (desvio) + “grafia”
(escrita), ou seja,
é “uma perturbação de tipo funcional
que afeta a qualidade
da escrita do sujeito, no que se refere ao seu traçado
ou à grafia.” (COELHO).
As crianças com disgrafia sentem constantemente dores nos braços e
punho, por isso faz-se necessário fazer exercícios para desenvolver a
motricidade fina. Beatriz sugere que se desenvolva atividades como:
"flexionar
os punhos lentamente; abrir e
fechar as mãos, esticando os dedos; mãos abertas sobre a mesa. Abrir e
fechar 5x; mão esquerda. Abrir
e fechar 5x; mão direita. Abrir
e fechar 5x; cotovelos apoiados na mesa.
Abrir os dedos em leque e juntá-los. Mão E 5X e Mão D 5X; braços
flexionados apoiados à mesa. Uma mão na frente da outra, cada toca o dedo
correspondente; entrelaçar os dedos fortemente e separá-los 5X; movimentos de marionetes, rotação
ao redor do pulso lento, rápido, mão
dominante, mão secundária."
Estas atividades ajudaram o aluno a
desenvolver e fortalecer sua motricidade, e consequentemente a desenvolver sua
escrita.
Discalculia
Etimologicamente, "discalculia deriva dos conceitos “dis” (desvio) + “calculare” (calcular, contar), ou
seja, é 'um distúrbio de aprendizagem
que interfere negativamente com as competências de matemática de alunos que,
noutros aspetos, são normais.' [...] Assim, trata-se de “uma desordem neurológica específica que
afeta a habilidade de uma pessoa compreender e manipular números.”
Veja no vídeo abaixo alguns recursos pedagógicos para se trabalhar com
alunos de tem discalculia.