A
escola pode parecer pacata. Muros, grades, portões. Na entrada uma guarita com
o vigilante. Bem ao lado da escola, os sinos batem anunciando as horas. A
escola está localizada bem no centro o que proporciona a proximidade dos
elementos. Bem em frente tem a Praça principal da cidade. Os bancos são pontos
de encontros antes e depois das aulas. Minutos depois das badaladas das 12
horas, já se percebe os movimentos, são adolescentes, jovens e adultos chegando
de todos os cantos da cidade. Inicia-se aí uma tarde agitada.
Os
espaços que pareciam vazios começam a ganhar vida, movimentos, sons, ruídos.
São os alunos agitando os corredores da escola. Bate papo, paqueras,
brincadeiras. É bem assim que eles se comportam; gostam de ficar sentados nas
escadas da entrada, dessa maneira vão monitorando quem por ali passa.
Cumprimentam uns aos outros com expressões que, às vezes, só eles entendem, mas
este é o mundo deles, o mundo das imaginações, indagações, realizações e
formação; formação esta que será levada para o restante da vida.

Dentro
da sala não é diferente. O professor chega, cumprimenta e inicia a aula. Basta
o professor ir ao quadro para escrever alguma coisa e logo começa os
burburinhos. Passam papéis com recadinhos, trocam mensagens de celular
escondidas porque durante as aulas o colégio não permite o uso. Até que chega o
momento mais esperado, hora do intervalo. É nesse instante que todos se
encontram, trocam olhares, discussões, paqueram e já deixam combinado como será
o dia seguinte. Sobem escadas, descem escadas, estão em constantes movimentos.
Possuem uma energia que em nenhuma outra fase da vida terão. Eles são
adolescentes e jovens dentro do espaço que lhes pertence por direito: a escola.
E assim, fazem girar a escola, girar o mundo, girar o nosso mundo. São eles,
eles mesmo que proporcionam essa agitação.
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