terça-feira, 22 de outubro de 2013

O muro - ARTHUR RANGEL

Caros leitores, talvez vocês estejam nesse exato momento se perguntando o porquê de ter escolhido este título para falar das vivências dos alunos (amadinhos) dentro da escola, ou o que tem de relação entre uma coisa e outra? Bom, não quero que pense que estou ficando maluco, mas acaso esteja quero desde já relatar minha felicidade por ter vivenciado e observado os hábitos, costumes e atitudes daquelas pessoas que são os pilares da escola e o futuro da pátria.

Confesso que a princípio fiquei meio confuso sobre o que relatar sobre minha vivência com as pessoas que fazem parte do corpo docente e a relação/sentimento dos educandos com o espaço fisco da escola. É magnífico parar e observar o comportamento e as atitudes dos alunos fora e dentro da escola, o antes e o depois, sendo assim podemos destacar o muro da escola como um divisor comportamental dos discentes.

Ao chegar a frente do portão da escola, estagnava-me e observava por alguns minutos o ir e vir dos jovens, que quase sempre apresentavam uma aparência mais descontraída, sempre com o sorriso estampado no rosto e realizando brincadeiras entre os grupos. Observar aqueles grupos de jovens que ali se formavam aguardando seu momento para a entrada, era quase que contagiante pela alegria desenvolvida entre eles. No entanto, ao passar pelo muro, já de cara era perceptível uma mudança nas suas expressões faciais e comportamentais, sendo que nem todos portavam essa transformação, onde cada um se expressava de um jeito.

Entre caras alegras, desconfiadas, empolgadas e desanimadas, existiam aquelas que encaravam aquele momento com seriedade, encaravam aquela realidade como um momento de semear sementes para que no futuro pudessem ser colhidas. A partir dessas percepções pessoais me vinha á cabeça uma pergunta que insanamente insistia em me perseguir, sendo esse tal questionamento pautado no que se diferencia do externo do interno? Será que o “mundo” externo é visto como uma ficção e o interno uma realidade? Ou será que estou completamente equivocado a respeito disso tudo?


Bem, não sei ao certo o que é correto e o que não é, mas sei que o antes e o depois limitado por um muro é para muitos um momento de diversão e para outros de seriedade. Daí deixo a pergunta para que possamos refletir: de fato, qual será o mundo real e o da ficção? 

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