segunda-feira, 12 de maio de 2014

Bienal do Livro - Campos dos Goytacazes

Já está disponível no site: Bienal do Livro a programação da Bienal do Livro de Campos dos Goytacazes que ocorrerá entre os dias 16 e 25 de maio.

A bienal deste ano homenageia o campista José Cândido de Carvalho. O autor de livros como "O coronel e Lobisomem" e "Olha para o céu Frederico" completaria 100 anos neste ano de 2014.


sábado, 22 de março de 2014

DA HISTÓRIA À MINHA MEMÓRIA: RESQUÍCIOS DEIXADOS NA PLANÍCIE GOYTACÁ.


Como parte integrante da disciplina de Prática Pedagógica VI, os discentes do  6° período do curso de Licenciatura em Geografia, elaboraram o projeto alternativo :"Da história à minha memória: resquícios deixados na Planície Goytacá".

O projeto foi executado em três etapas:

Na primeira etapa,  foi realizado o pré- campo, com uma aula expositiva acerca de informações históricas, sociais, geográficas de Campos dos Goytacazes, ministrada pelos discentes: Ranna, Moacyr, Geane e Raquel, para a turma do 6º ano do Colégio Estadual General Dutra . 

Na segunda etapa foi realizada a visitação do alunos ao Museu Histórico de Campos. A visita foi guiada pelos funcionários da instituição, com o objetivo dos alunos confirmem as informações adquiridas no pré-campo. Os alunos participantes, tiraram fotos dos objetos presentes no Museu, que mais causaram o interesse deles.

A etapa final do projeto foi a exposição das fotos retiradas pelos alunos no museu,  montada no Colégio Estadual General Dutra. Os alunos do colégio escolhido como campo, se mostraram empolgados com o resultado obtido na visita ao Museu.

Contamos também, com a parceria do Jean Leite, professor de Geografia da escola campo, que gentilmente, nos apoiou em todas as etapas , visando a execução do projeto.

Fonte:http://ensinar-e-aprender.blogspot.com.br/


Nota: Optamos por não publicar as imagens do projeto, tendo em vista a necessidade de autorização do uso de imagem por parte dos integrantes, para publicação na internet.


Comentado por: Paola S. Tavares

quarta-feira, 19 de março de 2014

NA MINHA ESCOLA TEM UMA PEDRA

Autores do projeto com as diretoras do Colégio.
O Projeto alternativo Na minha escola tem uma pedra foi desenvolvido por Arthur Rangel, Gelcimar Vieira e Lázaro Ignácio (Licenciandos em Geografia/6º período - IF Fluminense) e teve como objetivo a criação de um laboratório de Geologia no Colégio Estadual Baltazar Carneiro – Cardoso Moreira/RJ. O projeto contemplou a construção de um acervo de amostras de rochas e minerais para uso nas aulas de Geografia e disciplinas afins.


                  


 


No dia 26 de fevereiro de 2014, às 19h, foi feita a entrega do laboratório para a unidade escolar, onde estiveram presentes vários alunos, professores e diretores.

segunda-feira, 17 de março de 2014

DA HISTÓRIA À MINHA MEMÓRIA: RESQUICÍOS DEIXADOS NA PLANÍCIE GOYTACÁ



    A adição de nossa história ,nos conhecimentos escolares,levando os alunos ao conhecimento e fomentando o debate entre os mesmos, culminando com as apresentações na Escola Estadual General Dutra,das fotos tiradas pelos próprios alunos,de nossa cidade.

                                 
                         
 


                                                                 Comentários por,
                                                       Wederson,Manoel e Jucirlei.

domingo, 16 de março de 2014

Distúrbios de Aprendizagem


Durante o semestre 2013.2, os alunos concluintes das licenciaturas do IF-Fluminense fizeram um curso on-line sobre Distúrbios de Aprendizagem, pela iPED (http://www.iped.com.br/).
Concluído o curso, os alunos fizeram pesquisas e entrevistas sobre a temática proposta.

Noções de como trabalhar com alunos que apresentam distúrbios de aprendizagem

Dentre os vários distúrbios de aprendizagem existentes, focaremos: dislexia, disgrafia e discalculia.


DISLEXIA
Etimologicamente,
 "dislexia deriva dos conceitos “dis” (desvio) + “lexia” (leitura,  reconhecimento das palavras). 'É caracterizada por dificuldades na correção e/ou fluência na leitura de palavras e por baixa competência leitora e ortográfica. Estas dificuldades resultam tipicamente de um défice na componente fonológica da linguagem que é frequentemente imprevisto em relação a outras capacidades cognitivas e às condições educativas. Secundariamente podem surgir dificuldades de compreensão leitora, experiência de leitura reduzida que podem impedir o desenvolvimento do vocabulário e dos conhecimentos gerais.'”  (COELHO).

Para se trabalhar com alunos que apresentam este distúrbio é necessário utilizar métodos estimulantes como artes, música, recursos tecnológicos e atividades físicas. Segundo Freitas o professor poderá incluir no processo de aprendizagem algumas ferramentas para auxiliar o aluno disléxico como: 
·         Recurso multissensorial.
·         Estimular as habilidades dos alunos.
·         Desenvolver o prazer pela leitura.
·         Trabalhar com atividades que ampliem o conhecimento do vocabulário.
·         Explorar seu mundo imaginário e suas habilidades práticas e criativas
·          Elogiar sempre que merecido.
·         Posicionar o disléxico nas primeiras carteiras e garantir sempre que ele compreendeu a tarefa solicitada.
·         Estimular a organização e disciplina para o trabalho.
·         Permitir a gravação de aulas expositivas, visto que o disléxico apresenta dificuldades para anotar e prestar atenção ao mesmo tempo.
·         Dar tempo adequado dependendo do trabalho a ser realizado, o disléxico despenderá maior tempo quando o solicitado.
·         Fazer provas orais e fornecer mais tempo para as provas que exijam leitura e escrita.

DISGRAFIA


Etimologicamente
"deriva dos conceitos “dis” (desvio) + “grafia” (escrita), ou seja, é “uma perturbação de tipo funcional que afeta a qualidade da escrita do sujeito, no que se refere ao seu traçado ou à grafia.” (COELHO).
         





As crianças com disgrafia sentem constantemente dores nos braços e punho, por isso faz-se necessário fazer exercícios para desenvolver a motricidade fina. Beatriz sugere que se desenvolva atividades como:

 "flexionar os punhos lentamente; abrir e fechar as mãos, esticando os dedos; mãos abertas sobre a mesa. Abrir e fechar 5x; mão esquerda. Abrir e fechar 5x; mão direita. Abrir e fechar 5x; cotovelos apoiados na mesa. Abrir os dedos em leque e juntá-los. Mão E 5X e Mão D 5X; braços flexionados apoiados à mesa. Uma mão na frente da outra, cada toca o dedo correspondente; entrelaçar os dedos fortemente e separá-los 5X; movimentos de marionetes, rotação ao redor do pulso lento, rápido,  mão dominante, mão secundária."

            Estas atividades ajudaram o aluno a desenvolver e fortalecer sua motricidade, e consequentemente a desenvolver sua escrita.


Discalculia

Etimologicamente, "discalculia deriva dos conceitos “dis” (desvio) + “calculare” (calcular, contar), ou seja, é 'um distúrbio de aprendizagem que interfere negativamente com as competências de matemática de alunos que, noutros aspetos, são normais.' [...] Assim, trata-se de “uma desordem neurológica específica que afeta a habilidade de uma pessoa compreender e manipular números.”



Veja no vídeo abaixo alguns recursos pedagógicos para se trabalhar com alunos de tem discalculia.


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Dislexia


A dislexia pode ser definida, resumidamente, como “[...] um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área de leitura, escrita e soletração, causado por desmotivação, condição socioeconômica e baixa inteligência” (SOUZA, 2008, p. 68).
Porém, ainda é possível definir uma conceituação mais completa e abrangente do que vem a ser dislexia.
Conforme cita Souza, dislexia vem a ser “[...] uma dificuldade que ocorre no processo de leitura, escrita, soletração e ortografia. [...] Torna-se evidente na época da alfabetização, embora alguns sintomas já estejam presentes em fases anteriores” (IANHEZ; NICO, 2002, p. 21-22 apud SOUZA, 2008, p. 68).
Além disso, a dislexia é um distúrbio caracterizado como hereditário, ocorrendo com maior frequência em meninos (IANHEZ; NICO, 2002, p. 21-22 apud SOUZA, 2008, p. 68).
Esse distúrbio ataca cerca de 15% da população mundial, possuindo como principais sintomas: desatenção e dispersão, problemas relacionados à memória de curto prazo, confusão entre direita e esquerda, sendo que, no aluno, a dislexia afeta a leitura, fazenda com que esta seja lenta e sem fluência, destitui esse aluno de coordenação motora e inabilidade na Matemática (SOUZA, 2008, p. 68-69).
A explicação para o distúrbio da dislexia possui duas vertentes: uma delas voltada para as Ciências da Saúde, “[...] que geralmente tomam esses fatos linguísticos como sintomas de uma patologia ligada ao funcionamento neurobiológico e/ou neuropsicológico” (MASSI, 2011, p. 403); e a outra direcionada às Ciências Humanas, as quais entendem que “[...] o mau desempenho do aprendiz é justificado pelas condições restritas de letramento de sua família e professores, pelos métodos de alfabetização, dentre outros” (MASSI, 2011, p. 404).
O tratamento desse tipo de distúrbio muitas vezes é realizado com uma equipe de profissionais especializados no assunto. Essa equipe geralmente é formada por psicopedagogos, psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos (Associação Brasileira de Dislexia – ABD).
“Quando a dislexia é diagnóstica e tratada precocemente, os impactos emocionais e comportamentais são evitados e a criança consegue suprir suas dificuldades e prosseguir no processo de alfabetização” (SILVA, 2009, p. 473).

Segundo expõe a fonoaudióloga Sther Soares Lopes da Silva, para que a intervenção a dislexia, isto é, o tratamento do distúrbio, seja bem sucedido, é preciso que a criança seja avaliada, e tratada, por um grupo de especialistas de distintas áreas. Esse tratamento caracteriza-se por ser multidisciplinar (distintas áreas atuando paralelamente com o intuito de solucionar um problema), abrangendo profissionais como neurologistas, fonoaudiólogos, psicopedagogos, otorrinolaringologistas, dentre outros (SILVA, 2009, p. 474).

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DISLEXIA (ABD). Disponível em: <http://www.dislexia.org.br/>. São Paulo. Acesso em: 15 fev. 2014, 13h 44min.

MASSI, Giselle; SANTANA, Ana Paula de Oliveira. A desconstrução do conceito de dislexia: conflito entre verdades. Paidéia, Ribeirão Preto: v. 21, n. 50, p. 403-411, set/dez. 2011.

SILVA, Sther Soares Lopes da. Conhecendo a dislexia e a importância da equipe interdisciplinar no processo de diagnóstico. Revista Psicopedagogia, São Paulo: v. 26, n. 81, p. 470-475, 2009.

SOUZA, Inamar Ribeiro de. Dislexia: o que é? Tem cura?. O caso é o seguinte..., Belo Horizonte: v. 1, n. 1, p. 67-69, jan/jun. 2008.

COMO PREPARAR UMA AVALIAÇÃO PARA ALUNOS DISLÉXICOS?


Uma das maiores dificuldades para nós, professores, é saber como preparar uma avaliação para alunos disléxicos, já que este momento costuma ser de tensão para os portadores de dislexia. Aqui neste blog, disponibilizamos algumas dicas de como preparar a avaliação escrita, são elas:
  • utilizar uma única fonte, simples, em toda a prova (preferencialmente “Arial 11” ou Times New Roman 12), evitando-se misturas de fontes e de tamanhos, sobretudo as manuscritas, as itálicas e as rebuscadas;
  • formular as questões de modo claro e objetivo com termos conhecidos e com ênfase no uso do raciocínio e não da simples memorização;
  • evitar utilizar somente textos na prova. Utilize figuras, fotos, ícones ou imagens, tomando cuidado para que haja exata correspondência entre o texto escrito e a imagem sempre evitando o uso de letras com “fontes” diferentes;
  • oferecer uma folha de prova limpa, sem rasuras, sem riscos ou sinais que possam confundi-lo;
  • elaborar enunciados com textos curtos, com linguagem objetiva e direta, evitando uso de duplo sentido, além disso, trate de um só assunto em cada questão;
  • ler a prova em voz alta e, antes de iniciá-la, a fim de verificar se os alunos entenderam o que foi perguntado, se compreenderam o que se espera que seja feito (o que e como). 



As avaliações orais são, na maioria das vezes, preferidas pelos professores para avaliar alunos disléxicos. Então seguem algumas dicas para elaborar avaliações orais:
  • Estabeleça um tom de conversa com seu aluno, dando-lhe sempre oportunidades para que possa dizer o que pensa sobre as questões;
  • Faça as perguntas utilizando uma linguagem clara e objetiva, e avalie como o aluno raciocina ou argumenta para elaborar a resposta;
  • Use frases simples, curtas e concisas ao passar instruções;
  • Permita consultas ao material de apoio das aulas;
  • Não o apresse durante a resposta, deixe-o elaborar a resposta com calma para que ele não fique nervoso.


Referências:
FRANCO, Elza de. Dicas para professores na avaliação de alunos disléxicos ou com dificuldades de aprendizagem. Disponível em: <http://fonoaudiologiablog.blogspot.com.br/2012/11/dicas-para-professores-na-avaliacao-de.html>. Acesso em: 17 fev. 2014.

ORIENTAÇÕES PARA OS PROFESSORES DE ALUNOS DISLÉXICOS. Disponível em: <http://devotuporanga.edunet.sp.gov.br/OFICINA/Educa%C3%A7%C3%A3oEspecial_orienta%C3%A7%C3%B5es_alunos_disl%C3%A9xicos_19abril_2012.pdf>. Acesso em: 14 fev. 2014.

Dislexia: o dia-a-dia da sala de aula












Ao identificar um aluno disléxico em sua sala de aula, algumas mudanças devem ser feitas quanto a sua didática.

A seguir listaremos algumas dicas para que você saiba como lidar com essa nova situação:









  •       Sempre divida sua aula: tenha um espaço para exposição, seguido de uma “discussão” sobre o assunto e depois faça uma síntese ou aplique um jogo pedagógico.
  •    Use uma linguagem direta, clara e objetiva quando falar com o aluno disléxico, pois muitos deles têm dificuldade para compreender uma linguagem muito sofisticada.
  •    Fale sempre olhando diretamente para ele. Isso enriquece e favorece a comunicação.
  •   Verifique sempre, mas discretamente se ele demonstra estar entendendo a sua exposição. Observe se ele tem dúvidas a respeito do que está sendo objeto da sua aula; se ele consegue entender o fundamento, a essência, do conhecimento que está sendo tratado. Ele está acompanhando o raciocínio, a explicação, os fatos? Repita sempre que preciso e apresente outros exemplos, se for necessário.
  •    Nunca apague a lousa sem antes observar, sempre discretamente, se ele fez as anotações corretamente. O aluno disléxico vai ter um ritmo diferente dos não-disléxicos, portanto, evite submetê-lo a pressões de tempo ou competição com os colegas.
  •    Não lhe peça para fazer coisas na frente dos colegas, que o deixem na berlinda: principalmente ler em voz alta.
  •    É equivocado insistir em exercícios de “fixação“: repetitivos e numerosos, isto não diminui sua dificuldade.
  • Os enunciados devem ser claros, curtos, com letras bem legíveis e espaços adequados entre as palavras. Se necessário as instruções deverão ser completadas com informação oral. As perguntas são feitas para aferir compreensão e conhecimentos de fatos, associações, ideias, etc.
  •  Não indique livros apenas para leituras paralelas. Dê preferência a outras experiências que possam contribuir para o alcance dos objetivos previstos: assistir a um filme, a um documentário, a uma peça de teatro, visitar um museu, um laboratório, uma instituição, empresa ou assemelhado, recorrer a versões em quadrinhos, em animações, em programas de informática;


Você como professor(a), deve estar ciente que todos os alunos em sua sala de aula são diferentes e aprendem de forma diferente. Há aqueles alunos que por imaturidade precisam de mais tempo para aprender, outros possuem dificuldades que são específicas de conhecimentos e outros que por razões adversas não se aplicam e não estudam, embora tenham plena condição para isto. Assim, deve-se sempre ter em mente que usar de certas mudanças para melhorar a forma de aprender do aluno vai ser uma prática sempre presente na vida de um professor. Os alunos disléxicos, por motivo algum, devem ficar em classe separada. Eles tem muito a oferecer para os colegas de classe e muito a aprender com eles e essa troca é muito importante no desenvolvimento de várias competências e habilidades que faz crescer a amizade, a cooperação e a principalmente a solidariedade.
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Distúrbio de aprendizagem: conhecendo um pouco mais o assunto

O que é distúrbio de aprendizagem?

            É um transtorno no processo cognitivo e no desenvolvimento de habilidades neuropsicomotoras, mesmo quando há recursos favoráveis para a aquisição de conhecimentos. Qualquer dificuldade ou limitação de aprendizado não é diagnóstico de distúrbio, posto que pode estar relacionado às consequências econômicas, sociais e educacionais que impedem o indivíduo de ter acesso às oportunidades de aprender, isto é, às condições de aprendizagem.
        Presume-se que tais transtornos são devidos a uma disfunção do sistema nervoso central resultando de fatores como diferenças anatômicas, genéticas, atraso neuromaturacional, desequilíbrio neuroquímico ou metabólico e severa deficiência nutricional (HARRIS e HODGES, 1995 apud ZORZI, 2004)

            Deste modo, os distúrbios de aprendizagem comprometem a habilidade do indivíduo de assimilar, processar, analisar ou correlacionar informações. 

O que não é distúrbio?

            Distúrbio de aprendizagem não é a mesma coisa que deficiência física, retardo mental, são dificuldades de aptidão na leitura, escrita e limitação para aprender ou resolver problemas matemáticos.

Exemplos de Distúrbios de aprendizagem:

Hiperatividade
• Alexia
• Dislexia
• Agrafia
• Disgrafia
• Discaligrafia

• Discalculia
• Discalculia gráfica
• Distúbios na expressão e no pensamento:
• Distúrbio Cerebral Mínimo


Como identificá-los?

A criança para ser diagnosticada com distúrbio de aprendizagem deve ter dificuldades significativas e que persistem no que diz respeito às habilidades básicas de leitura, escrita e aritmética.

Tais como, segundo Jaime Luiz Zorzi (2004):

Fase pré-escolar

• Começa a falar mais tarde do que a maioria das crianças
• Tem dificuldades para encontrar as palavras apropriadas em situação de conversação
• Tem dificuldades para nomear rapidamente palavras de uma determinada categoria
• Apresenta dificuldades com rimas
• Tem problemas para aprender o alfabeto, dias da semana, cores, forma e números
• É extremamente agitada e facilmente se distrai
• Apresenta dificuldades para seguir ordens e rotinas


Fase escolar inicial

• Demora para aprender as relações entre letras e sons
• Apresenta dificuldades para sintetizar os sons e formar palavras
• Comete erros consistentes de leitura e de ortografia
• Tem dificuldades para relembrar sequências e para dizer as horas
• Apresenta lentidão para aprender novas habilidades
• Tem dificuldades em termos de planejamento



Fase escolar – séries mais avançadas 

• Apresenta lentidão para aprender prefixos, sufixos, rota lexical e outras estratégias de leitura
• Evita leitura em voz alta
• Dificuldades com os enunciados de problemas em matemática 
  • Soletra a mesma palavra de modos diferentes

• Evita tarefas envolvendo leitura e escrita
• Tem dificuldades para lembrar ou compreender o que foi lido
• Trabalha lentamente
• Tem dificuldades para compreender e/ou generalizar conceitos
• Apresenta confusões em termos de endereços e informações 


Para saber mais:




Livro Distúrbios de aprendizagem: proposta de avaliação interdisciplinar  organizadora SYlvia Maria Ciasca

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Distúrbios de aprendizagem na visão de uma Professora

A aluna Fernanda Morisson entrevista a professora Sirley Brandão, funcionária do Instituto Federal Fluminense, que conta com cerca de quarenta anos de experiência docente e atualmente é coordenadora do NAPNEE (Núcleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Especiais) do já referido instituto.

Você já deu aula para algum aluno com distúrbios de aprendizagem diagnosticado?
Sim.  A pessoa estava no segundo grau e tinha discalculia.

 Você já chegou a identificar um distúrbio em algum aluno que ainda não tinha sido diagnosticado?
Sim, pelo jeito, porque ele tinha dificuldade.

O aluno a que você se refere é o mesmo da pergunta anterior?
Sim. Eu percebi o distúrbio, e quando perguntei à coordenação me disseram que realmente era o caso. Quando percebi isso, comecei a pesquisar, para ver como eu poderia agir com esse aluno. Aí pesquisei na internet, li até uma monografia que uma pessoa fez sobre o assunto e vi qual era o procedimento, que era o mesmo que eu já estava fazendo.

            Como era o aluno e como ele se comportava?
Quieto, só falava “Ah, não consigo entender isso!”. Ele queria entender, mas não conseguia. Ele falava quando não conseguia entender, aí a gente sentava perto dele, lia o enunciado e explicava passo a passo, aí ele conseguia chegar à conclusão. Ele estava interessado, mas não conseguia aprender.

 Quais dificuldades ele apresentava?
A única dificuldade dele era na hora de resolver problemas, de, por exemplo, associar números, fazer correspondências... Nas outras disciplinas ele não apresentava dificuldades. O que facilitava era ir lendo para ele as questões que precisavam de cálculo, porque ler pausadamente facilita.



O aluno tinha tratamento diferenciado?
Não, não era diferenciado. Comigo, como eu dava aula de matemática e de física, eu procurava sempre fazer de maneira diferente.

Por conta própria?
É, por conta própria. Geralmente, quando o aluno tem discalculia, ele também tem disgrafia ou outro distúrbio, mas isso não é tão percebido. Ele consegue driblar as outras dificuldades, mas a do cálculo fica evidente.

            Qual era sua relação com o aluno?
Era uma relação próxima.

            A instituição fornecia algum apoio/orientação? Existia alguma forma de acompanhamento?
Não, nenhuma orientação nem suporte. Mas toda pessoa que tem um tipo de transtorno deveria ser acompanhada por um psicopedagogo.

Havia alguma adaptação às suas necessidades?
Quando você vai dar uma questão para uma pessoa com distúrbio você tem que ser bem objetivo, fazer questões bem objetivas. Não adianta ficar floreando, como nas questões que você tem uma introdução, um texto para depois perguntar. Você tem que ser bem objetivo na pergunta. Eu fazia o seguinte: era a mesma matéria, tinha que responder do mesmo jeito, só era que perguntado de maneira diferente. Agora, uma coisa muito importante é aumentar autoestima dele, porque ele acha que nunca vai aprender. Eu sempre dizia “você é capaz, é inteligente, vai conseguir”, porque ele se achava inferior em relação aos outros, porque os outros faziam rapidinho os cálculos e ele não, então você tem que mostrar à ele que ele é capaz, e às vezes ele tem um grau de inteligência grande, um QI alto, só que tem esse distúrbio na área de exatas.


              Como era o aproveitamento escolar desses alunos em relação aos colegas de classe?
Era bom, porque nas outras disciplinas ele era bom, e só nessas disciplinas de cálculo que ele tinha dificuldade. Aí eu comecei a observar e a partir daí, com essas coisas e fazendo esse trabalho, ele conseguiu.

              Então no início ele tinha notas baixas em matemática e física?
Bem baixas. Se eu entregasse a prova a ele e não falasse nada ele entregava a prova em branco. Ele pegava a prova e falava assim: “eu não vou conseguir”. Aí eu dizia “não, você consegue”! Aí eu sentava do lado dele e lia a prova porque outra coisa interessante é o tutor, ter uma pessoa do lado, um monitor quando tem dificuldade.


 Como você vê essa questão dos distúrbios de aprendizagem?
Eu acho que primeiro, o aluno tem que vir com o diagnóstico e depois você tem que mostrar para o professor o que tem que ser feito, porque o professor muitas vezes não tem o conhecimento sobre o que tem que fazer. Então, primeiro, os pais tem que levar o diagnóstico, porque tem que ter diagnóstico. E depois, a instituição deve encaminhar para um atendimento especializado, dar uma orientação para o professor, o que é o mais importante, porque a grande relação do aluno vai ser com o professor. Mas é fundamental a questão da autoestima.

Você acha que o professor tem suporte para lidar com essa realidade?
A instituição tem que ter um suporte, como um psicopedagogo, mesmo que o aluno já seja diagnosticado, e este suporte deve estar ali para ajudar o professor dando orientações sobre o que ele tem que fazer, mostrando a maneira mais prática e eficiente de lidar com o aluno.

Você acha que os professores estão preparados para essa realidade?
Hoje, na formação do professor ele tá aprendendo sobre isso, e o professor tem que se aprofundar, não tem jeito, porque na faculdade eles dão uma pincelada “olha, existe isso, isso e isso assim”, mas quando você encara a realidade e encontra com o aluno, é aí que tem que procurar qual é o caminho que tem que ser seguido.

            Considera que a mentalidade acerca do tratamento desses alunos tem mudado?
A mentalidade tem mudado bastante. Antes, eles achavam o seguinte: “esse aí vamos deixar de lado porque ele é retardado, ele não vai chegar a lugar nenhum”. Agora não, eles procuram saber o que está acontecendo para poder trabalhar em cima disso.


            O que você acha que um professor pode conseguir realizar em sala de aula para ajudar um aluno com distúrbios? Quais seriam os limites para a atuação do professor?
Primeiro você tem que conhecer o aluno e aí o que acontece é que é muito difícil em uma sala grande, mas você percebe quando um comportamento é diferente dos demais, porque ele quer aprender e não consegue, alguma coisa está dificultando essa aprendizagem. Então eu acho que o professor tem que fazer aí é descobrir que o aluno tem essa particularidade e ajudar e, contribuir para ele se desenvolver. Ele tem que adaptar a avaliação e se adaptar à dificuldade do aluno, o que geralmente não é feito.  Então, o professor tem que ter boa vontade e o suporte.


Entrevista elaborada pelas alunas Dayana Paes de Araujo, Fernanda Christina de A. G. Morisson, Luma Silva Souza e Mírian Belarmindo do oitavo período de Geografia.




quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Entrevista com uma Professora da rede municipal de ensino de Campos dos Goytacazes

 1 - Quais as principais disfunções de aprendizagem encontradas nos alunos?
Alguns alunos tem muita dificuldade de atenção, outros não conseguem abstrair, só aprendem com o concreto. Esses alunos não tem laudo, mas a gente percebe que ocorre com eles algum tipo de distúrbio de aprendizagem.

 2 - Os professores recebem algum tipo de preparo para lidar com esse aluno?
Às vezes a prefeitura dá curso. A sala de recurso da escola só atende os alunos especiais, com laudo, os alunos que têm algum tipo de distúrbio de aprendizagem, não têm laudo, então não podem ter acesso à sala de recurso.
 3 - A escola dá suporte para esse aluno?
A escola antes tinha um projeto, onde as crianças que estavam com idade aquém da série, tinham uma aula de reforço própria para eles, muitos não sabiam ler ainda.

4 - O aluno com disfunção de aprendizagem se sente inferior quando não consegue entender o conteúdo como os demais colegas?
O aluno com distúrbio, por não conseguir aprender como os demais, muitas vezes faz muita bagunça, porque é uma forma de chamar a atenção, já que ele não consegue se sobressair aprendendo o conteúdo.



Obs.: A entrevistada preferiu não ter sua identidade divulgada.

Grupo responsável pela entrevista:
Maria Cecília Soares Cruz, Zilda Helena Siqueira Sá, Álvaro Alves, Israel Carvalho e Henrique Batista