terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Dislexia


A dislexia pode ser definida, resumidamente, como “[...] um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área de leitura, escrita e soletração, causado por desmotivação, condição socioeconômica e baixa inteligência” (SOUZA, 2008, p. 68).
Porém, ainda é possível definir uma conceituação mais completa e abrangente do que vem a ser dislexia.
Conforme cita Souza, dislexia vem a ser “[...] uma dificuldade que ocorre no processo de leitura, escrita, soletração e ortografia. [...] Torna-se evidente na época da alfabetização, embora alguns sintomas já estejam presentes em fases anteriores” (IANHEZ; NICO, 2002, p. 21-22 apud SOUZA, 2008, p. 68).
Além disso, a dislexia é um distúrbio caracterizado como hereditário, ocorrendo com maior frequência em meninos (IANHEZ; NICO, 2002, p. 21-22 apud SOUZA, 2008, p. 68).
Esse distúrbio ataca cerca de 15% da população mundial, possuindo como principais sintomas: desatenção e dispersão, problemas relacionados à memória de curto prazo, confusão entre direita e esquerda, sendo que, no aluno, a dislexia afeta a leitura, fazenda com que esta seja lenta e sem fluência, destitui esse aluno de coordenação motora e inabilidade na Matemática (SOUZA, 2008, p. 68-69).
A explicação para o distúrbio da dislexia possui duas vertentes: uma delas voltada para as Ciências da Saúde, “[...] que geralmente tomam esses fatos linguísticos como sintomas de uma patologia ligada ao funcionamento neurobiológico e/ou neuropsicológico” (MASSI, 2011, p. 403); e a outra direcionada às Ciências Humanas, as quais entendem que “[...] o mau desempenho do aprendiz é justificado pelas condições restritas de letramento de sua família e professores, pelos métodos de alfabetização, dentre outros” (MASSI, 2011, p. 404).
O tratamento desse tipo de distúrbio muitas vezes é realizado com uma equipe de profissionais especializados no assunto. Essa equipe geralmente é formada por psicopedagogos, psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos (Associação Brasileira de Dislexia – ABD).
“Quando a dislexia é diagnóstica e tratada precocemente, os impactos emocionais e comportamentais são evitados e a criança consegue suprir suas dificuldades e prosseguir no processo de alfabetização” (SILVA, 2009, p. 473).

Segundo expõe a fonoaudióloga Sther Soares Lopes da Silva, para que a intervenção a dislexia, isto é, o tratamento do distúrbio, seja bem sucedido, é preciso que a criança seja avaliada, e tratada, por um grupo de especialistas de distintas áreas. Esse tratamento caracteriza-se por ser multidisciplinar (distintas áreas atuando paralelamente com o intuito de solucionar um problema), abrangendo profissionais como neurologistas, fonoaudiólogos, psicopedagogos, otorrinolaringologistas, dentre outros (SILVA, 2009, p. 474).

REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DISLEXIA (ABD). Disponível em: <http://www.dislexia.org.br/>. São Paulo. Acesso em: 15 fev. 2014, 13h 44min.

MASSI, Giselle; SANTANA, Ana Paula de Oliveira. A desconstrução do conceito de dislexia: conflito entre verdades. Paidéia, Ribeirão Preto: v. 21, n. 50, p. 403-411, set/dez. 2011.

SILVA, Sther Soares Lopes da. Conhecendo a dislexia e a importância da equipe interdisciplinar no processo de diagnóstico. Revista Psicopedagogia, São Paulo: v. 26, n. 81, p. 470-475, 2009.

SOUZA, Inamar Ribeiro de. Dislexia: o que é? Tem cura?. O caso é o seguinte..., Belo Horizonte: v. 1, n. 1, p. 67-69, jan/jun. 2008.

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