A dislexia pode ser
definida, resumidamente, como “[...] um distúrbio ou transtorno de aprendizagem
na área de leitura, escrita e soletração, causado por desmotivação, condição
socioeconômica e baixa inteligência” (SOUZA, 2008, p. 68).
Porém, ainda é possível
definir uma conceituação mais completa e abrangente do que vem a ser dislexia.
Conforme cita Souza,
dislexia vem a ser “[...] uma dificuldade que ocorre no processo de leitura,
escrita, soletração e ortografia. [...] Torna-se evidente na época da
alfabetização, embora alguns sintomas já estejam presentes em fases anteriores”
(IANHEZ; NICO, 2002, p. 21-22 apud SOUZA, 2008, p. 68).
Além disso, a dislexia
é um distúrbio caracterizado como hereditário, ocorrendo com maior frequência
em meninos (IANHEZ; NICO, 2002, p. 21-22 apud SOUZA, 2008, p. 68).
Esse distúrbio ataca
cerca de 15% da população mundial, possuindo como principais sintomas:
desatenção e dispersão, problemas relacionados à memória de curto prazo,
confusão entre direita e esquerda, sendo que, no aluno, a dislexia afeta a
leitura, fazenda com que esta seja lenta e sem fluência, destitui esse aluno de
coordenação motora e inabilidade na Matemática (SOUZA, 2008, p. 68-69).
A explicação para o
distúrbio da dislexia possui duas vertentes: uma delas voltada para as Ciências
da Saúde, “[...] que geralmente tomam esses fatos linguísticos como sintomas de
uma patologia ligada ao funcionamento neurobiológico e/ou neuropsicológico”
(MASSI, 2011, p. 403); e a outra direcionada às Ciências Humanas, as quais
entendem que “[...] o mau desempenho do aprendiz é justificado pelas condições
restritas de letramento de sua família e professores, pelos métodos de
alfabetização, dentre outros” (MASSI, 2011, p. 404).
O tratamento desse tipo
de distúrbio muitas vezes é realizado com uma equipe de profissionais
especializados no assunto. Essa equipe geralmente é formada por psicopedagogos,
psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos (Associação Brasileira de Dislexia – ABD).
“Quando a dislexia é diagnóstica e tratada precocemente, os impactos
emocionais e comportamentais são evitados e a criança consegue suprir suas
dificuldades e prosseguir no processo de alfabetização” (SILVA, 2009, p. 473).
Segundo expõe a
fonoaudióloga Sther Soares Lopes da Silva, para que a intervenção a dislexia,
isto é, o tratamento do distúrbio, seja bem sucedido, é preciso que a criança
seja avaliada, e tratada, por um grupo de especialistas de distintas áreas.
Esse tratamento caracteriza-se por ser multidisciplinar (distintas áreas
atuando paralelamente com o intuito de solucionar um problema), abrangendo
profissionais como neurologistas, fonoaudiólogos, psicopedagogos,
otorrinolaringologistas, dentre outros (SILVA, 2009, p. 474).
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE
DISLEXIA (ABD). Disponível em: <http://www.dislexia.org.br/>.
São Paulo. Acesso em: 15 fev. 2014, 13h 44min.
MASSI, Giselle; SANTANA, Ana Paula de
Oliveira. A desconstrução do conceito de dislexia: conflito entre verdades. Paidéia, Ribeirão Preto: v. 21, n. 50,
p. 403-411, set/dez. 2011.
SILVA, Sther Soares Lopes da. Conhecendo
a dislexia e a importância da equipe interdisciplinar no processo de
diagnóstico. Revista Psicopedagogia, São Paulo: v. 26, n. 81, p. 470-475, 2009.
SOUZA, Inamar Ribeiro de. Dislexia: o
que é? Tem cura?. O caso é o seguinte...,
Belo Horizonte: v. 1, n. 1, p. 67-69, jan/jun. 2008.