A aluna Lídia Vilela, do 8° Período de Geografia,
entrevista Raquel – jovem de 25 anos de idade que conta como foi ter sofrido
bullying na escola.
LÍDIA: COMO FOI SUA EXPERIÊNCIA COM O BULLYING?
RAQUEL: “Na minha adolescência tinha poucos amigos, e não era uma adolescente muito atraente, pois era gordinha, e isso por si só já me deixava muito pra baixo, pois tinha um complexo enorme com meu corpo. Tinha o corpo diferente das minhas colegas de sala, era mais desenvolvida que as outras meninas, isso me fez sofrer muito, pois os meninos sempre implicavam comigo, colocavam apelidos em mim. O tempo todo sempre ouvia alguém me recriminando pelo meu peso, e isso me deixava muito para baixo, sempre estava preocupada em agradar as pessoas, tinha vergonha de comer perto das pessoas, pois sempre ouvia alguma piadinha de mau gosto, meu colégio era integral, pois estudava na época num colégio tradicional de São José do Calçado, cidade do interior do Espírito Santo. Às vezes, passava o dia todo sem comer devido às essas piadinhas.”
RAQUEL: “Na minha adolescência tinha poucos amigos, e não era uma adolescente muito atraente, pois era gordinha, e isso por si só já me deixava muito pra baixo, pois tinha um complexo enorme com meu corpo. Tinha o corpo diferente das minhas colegas de sala, era mais desenvolvida que as outras meninas, isso me fez sofrer muito, pois os meninos sempre implicavam comigo, colocavam apelidos em mim. O tempo todo sempre ouvia alguém me recriminando pelo meu peso, e isso me deixava muito para baixo, sempre estava preocupada em agradar as pessoas, tinha vergonha de comer perto das pessoas, pois sempre ouvia alguma piadinha de mau gosto, meu colégio era integral, pois estudava na época num colégio tradicional de São José do Calçado, cidade do interior do Espírito Santo. Às vezes, passava o dia todo sem comer devido às essas piadinhas.”
LÍDIA: DURANTE QUANTOS ANOS VOCÊ SOFREU COM O BULLYING?
RAQUEL: “Durante meu Ensino Fundamental”.
RAQUEL: “Durante meu Ensino Fundamental”.
LÍDIA: VOCÊ REAGIA ÀS PROVOCAÇÕES?
RAQUEL: “Algumas vezes sim. Às vezes, colocava apelidos nas pessoas também, mas não adiantava muito, pois na maioria das vezes isso dava mais gás para implicarem comigo. E isso me deixava muito para baixo, pois, às vezes, tinha vergonha de colocar roupas mais curtas ou apertadas, pois sabia que iriam implicar muito comigo. Sempre usava roupas largas.
RAQUEL: “Algumas vezes sim. Às vezes, colocava apelidos nas pessoas também, mas não adiantava muito, pois na maioria das vezes isso dava mais gás para implicarem comigo. E isso me deixava muito para baixo, pois, às vezes, tinha vergonha de colocar roupas mais curtas ou apertadas, pois sabia que iriam implicar muito comigo. Sempre usava roupas largas.
Às vezes, corria
para o banheiro e chorava durante horas, pois tinha vergonha e raiva de mim
mesmo por ser daquele jeito e queria ser de qualquer forma igual minhas colegas
de sala de aula, toda essa pressão na minha adolescência, desencadeou vários problemas,
tanto psicologicamente como fisicamente.”
LÍDIA: QUAIS PROBLEMAS VOCÊ ENFRENTOU DEVIDO AO BULLYING QUE
SOFRIA?
RAQUEL: “Tive problemas sérios de anemias devido às dietas malucas que fazia, às vezes ficava dias só bebendo líquidos e não comia. Teve um período que comecei a ter sintomas de bulimia, comia compulsivamente principalmente quando estava sobre pressão ou até mesmo por problemas, e logo em seguida tomava laxantes para perder tudo que tinha comido, cheguei uma época sempre que comia muito a provocar o vômito, mas isso começou a ferir minha garganta então não continuei com essa prática. Mas sempre utilizava dos laxantes e diuréticos para emagrecer. Minha família via meu sofrimento, e sempre tentaram me ajudar, fiz tratamento psicológico encaminhada pela própria escola durante dois anos.
RAQUEL: “Tive problemas sérios de anemias devido às dietas malucas que fazia, às vezes ficava dias só bebendo líquidos e não comia. Teve um período que comecei a ter sintomas de bulimia, comia compulsivamente principalmente quando estava sobre pressão ou até mesmo por problemas, e logo em seguida tomava laxantes para perder tudo que tinha comido, cheguei uma época sempre que comia muito a provocar o vômito, mas isso começou a ferir minha garganta então não continuei com essa prática. Mas sempre utilizava dos laxantes e diuréticos para emagrecer. Minha família via meu sofrimento, e sempre tentaram me ajudar, fiz tratamento psicológico encaminhada pela própria escola durante dois anos.
Outro problema que enfrentava era a dificuldade de
comprar roupas, e isso era uma tortura pra mim, pois se gostava de uma roupa e
ia experimentar e ela não servia, eu corria pra casa e caia em depressão profundo,
o que me dava mais impulso em continuar com minhas dietas e métodos malucos
para emagrecer.
LÍDIA: VOCÊ AINDA SOFRE COM ALGUM EFEITO DO BULLYING QUE VOCÊ
PRESENCIOU EM SUA INFÂNCIA?
RAQUEL: “Acredito que ainda sofro, pois ainda tenho uma enorme
dificuldade de aceitar meu corpo do jeito que é. Tem épocas que me matriculo na
academia, e vira um vício para mim, pois se falto um dia, fico toda preocupada
e logo acho que estou gorda, e no outro dia quero compensar pegando muito peso
e fazendo horas de exercícios. Outra
dificuldade que tenho ainda é a questão de comprar roupas, isso ainda me deixa
muito para baixo.”
E você, já sofreu bullying?
Conte-nos a sua história!
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