terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Ajudo ou atrapalho?

Durante todo o período do estágio, desde o quarto período, foi possível notar a diversidade de comportamento e níveis de aprendizado presente na sala de aula. Essa diversidade do corpo de alunos revela o tamanho do desafio que o professor enfrenta ao exercer a docência. Porém, faz-se necessário destacar o desafio que o alunado enfrenta ao se deparar com colegas de sala de aula com diferentes características e capacidade de compreensão proposto em sala de aula. Pois, em uma turma de 30 alunos do 1.° ano do Ensino Médio (turma na qual foi realizada parte do estágio), existem diversos “tipos” de alunos, o que pode trazer benefícios e malefícios ao professor e aos próprios alunos: O benefício, por exemplo, realiza-se quando um aluno tímido possui uma dúvida mas não tem coragem de perguntar ao professor perante a turma, já o aluno mais extrovertido possui a mesma dúvida e pergunta ao professor e, por consequência, beneficia o colega visto que o professor explicará tal dúvida ou dificuldade. O malefício ocorre a partir do momento em que existe um aluno, ou determinado número de alunos, que atrapalham a aula, falam enquanto o professor ministra a aula, porém eles não possuem dificuldade de compreender o conteúdo proposto pelo professor. Mas, isso acaba por atrapalhar outros alunos que prestam atenção na aula e que possuem dificuldade de aprendizado. O conto a seguir enfatiza tal problema enfrentado pelo professor e alunos nas salas de aula:
Na turma do 1.° ano A existe um aluno chamado Manoel. Manoel é um aluno elogiado pelos professores, no que tange a sua inteligência e sua capacidade de compreensão. É um aluno comunicativo, simpático, extrovertido e alegre. Até aí, só elogios. Porém, quando perguntados a respeito do comportamento em sala de aula os professores dizem: - Manoel? Não para de falar um segundo. Sempre faz brincadeiras com tudo e com todos, o que faz por muitas vezes desviar a atenção da aula para ele. Durante o estágio na turma, foi possível perceber que Manoel aprende o conteúdo rapidamente e logo depois começa com as brincadeiras. Isso acarreta um problema sério, pois nem todos os alunos da turma possuem a capacidade e rapidez de compreensão que ele possui. Ele não faz os exercícios em sala de aula, e às vezes faz o de casa. Só que na hora da avaliação e seminários, Manoel atinge as melhores notas da turma em todas as disciplinas. Mas, alguns alunos sofrem com essas características de Manoel. A Ana é um exemplo disso: ela se esforça para prestar atenção nas aulas e Manoel acaba por dificultar a sua concentração. Assim, Manoel contribui de forma considerável para o baixo rendimento de Ana, que já possui problemas de aprendizado.
Manoel já conversou diversas vezes com a orientação educacional do colégio, os pais já compareceram no colégio algumas vezes ao longo do ano letivo, mas seu problema comportamental continuou. O que chamou atenção em Manoel foi a capacidade de assimilar o conteúdo rapidamente, brincar e quando o professor parava a aula para direcionar uma pergunta a ele a respeito do conteúdo, ele, na maioria das vezes, sabia responder corretamente.


2 comentários:

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  2. O conto abordado seria necessário que o professor resgatasse o diálogo com o aluno, e por sua vez adequar às suas aulas de acordo com as necessidades de sua turma, aproximando- se mais com os respectivos problemas e enfrentá-los para que se consiga a um resultado favorável: que todos possam compreender o que está sendo explanado é de suma importância a todos. O professor deve ser firme e solidário ao mesmo tempo.
    Segundo Celso dos S. Vasconcelos, a indisciplina referente aos alunos em sala de aula ultrapassa a escala local. A indisciplina é queixa constante de professores em todo o mundo.
    Com a globalização se facilitou o acesso à informação, evidente que não atinge a todas as classes sociais, mas aonde chega, torna os alunos desinteressados, apáticos com o que está sendo dito pelo professor. A escola ainda não conseguiu acompanhar a evolução das tecnologias informacionais, sendo mais um fator dificultador dessa relação professor/aluno.

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