sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Namoro na escola

No Colégio, um casal de namorados se encontrava em uma das salas do 9° ano. Apaixonados e ligados um ao outro, Ana Luiza e Pedro, começaram a namorar na metade do ano. A partir desse período, na qual Ana Luiza foi mudada de turma, cursando o restante do ano na sala do Pedro, a nota dos dois caiu bastante. Pedro, sempre sentado na frente de sua namorada, assistia suas aulas virado para trás, debruçado na carteira do seu “amor”. A conversa, bilhetes e trocas de mensagens pelo celular, “rolavam soltas” todo tempo. O Pedro nem mesmo copiava do quadro as informações do conteúdo passado pelo professor, e muitas vezes quando havia atividades valendo nota, corria para pegar com os colegas ao lado. O mais triste de tudo, é que no final do ano o Pedro ficou de recuperação e a Ana Luiza passou raspando segundo seu professor de Geografia.

Mas será que o professor não deveria ter estratégias para ajudar os mesmos a amadurecerem e dar prioridade a educação a tempo? E ajudá-los a separar sala de aula e namoro? Ou o educador não tem obrigação de fazer esse tipo de avaliação e trabalho em sala? Realidades como essa são observadas em muitas salas de aula e o professor deve estar capacitado a lidar com eles. Tendo como prioridade o desenvolvimento cognitivo de cada aluno, percebendo suas limitações e bloqueios educacionais. E você, o que faria nessa situação? Quais seriam suas estratégias?

Um comentário:

  1. O caso dos adolescentes nos chama atenção para algo que é cada vez mais recorrente na escola seja na pública ou privada.
    A realidade é que nessa idade inicia-se o despertar para várias situações dentre elas o namoro. Ainda que alguns defendam que a escola não deve tolerar e utilizar de mecanismos diversos para que situações dessa natureza não ocorra, seria impossivel conseguir obter êxito. pois qualquer mecanismo usado para coibir tal prática poderá despertar a curiosidade, e potencializar os sentimentos ora despertado.
    Ao educador não cabe juizo de valor e sim se apresentar como alguém que entenda a fase que esses adolescentes estão vivendo, e os ajude para que mesmo estando envolvidos emocionalmente, decidam avançar no conhecimento para que o namoro não comprometa o rendimento escolar.
    "A sexualidade é um elemento central na formação da identidade do adolescente, envolvendo a imagem corporal, a descoberta do outro como objeto de amor ou de desejo, a descoberta de si mesmo e das diversas relações com familiares, grupos e profissionais (Romero e cols., 2007). De fato, sabe-se da importância desse tema e da mobilização dos adolescentes frente a essas vivências, que muitas vezes não são compartilhadas com familiares e amigos, por medo de críticas e repreensões. Tal realidade abre espaços de intervenção valiosos para os profissionais da saúde, incluindo-se aí a Psicologia" (LEVANDOWSKI. Daniela Centenaro; SHIMIDITH. Marcia Moura 2010.p 435. quanto a escola a mesma precisa proporcionar aos adolescentes um ambiente onde há abertura para o dialogo, uma vez que na maioria dos casos os adolescentes não dialogam com os pais preocupados com a repreensão que poderão receber. logo esse diálogo deve ser abrangente, não apenas com os envolvidos no relacionamento mas tambem com os responsáveis para que não haja constrangimento, mas respeito entre todos os envolvidos. escolas, alunos e responsáveis. o importante é não perder esse aluno e sim proporcionar abertura para o dialogo onde todos se respeitem.

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