terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

GEOGRAFIA AO AR LIVRE

A atual apresentação se dá como desdobramento do relatório de estágio, desenvolvido pelo curso de licenciatura em Geografia do Instituto Federal Fluminense. No presente trabalho, será abordado um estudo de caso em forma de conto que foi observado durante o 5º período, onde foi possível notar o fenômeno da questão. Sendo esse, o primeiro entre outras expressões capturadas quando comecei a articular, por intermédio da instituição, a teoria e a prática.
Remete-se, portanto, a uma situação à qual me deparei após uma aula, cujo tema era territorialidade, ou seja, a percepção de PODER que um grupo exerce em parte do Espaço Geográfico.





          A professora de Geografia começou a lecionar e eu apenas ocupava a posição denominada estágio de observação e co-observação. Era numa turma do 8º ano do Ensino Fundamental. Foi na primeira semana de estágio, quando fui apresentada a essa turma. Percebi que os alunos eram alegres e espontâneos. Mas isso foi algo que julguei essencial sendo uma boa fluidez inicial, para uma posterior comunicação e interação. No entanto, quando eles se direcionaram para o pátio da Escola, fiquei observando a estrutura da instituição, se havia biblioteca e como era sua forma de organização. O ambiente estava rodeado por mim, até que, os alunos me reconheceram. Eles correram da quadra até a mim sugerindo que eu chutasse a bola de volta, o que me chamou logo a atenção. Havia um barulho típico de quando há um grupo jogando futebol. Por reflexo, dei um chute de retribuição. Mas alguém disse em tom de brincadeira: -“pow, perna de pau, hein!”. Quando olhei pra saber de quem era aquela voz com timbre intermediário tive uma surpresa, era da professora de Geografia! Fiquei me perguntando como seria possível, uma professora de Geografia, jogando bola com seus alunos na hora do intervalo, e ainda ser divertida... aquilo me intrigava. No mínimo curioso, uma cena atípica. Pelo menos assim a defino hoje em dia.

Mas depois me dei conta que a professora utilizava as experiências cotidianas para dar ênfase à sua aula. Pois a escola tem o papel de ensinar e instrumentalizar o indivíduo a se orientar em sua vida prática e em seu cotidiano. A disciplina de Geografia é também responsável por desenvolver um saber que ampare o indivíduo em suas demandas sociais. De modo que, é interessante como a Geopolítica Mundial pode, em pequena escala, ser observada. Assim sendo, penso que naquele momento entendi o que realmente aconteceu naquele dia: teoria e prática se encontraram de um modo surpreendente.

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