Em certa sexta feira pela manhã, o ponteiro do relógio
marcava ainda antes das 10h, o local era a escola uma escola pública da rede
estadual, o dia se apresentava com certa familiaridade, entretanto algo
diferente aconteceria. E ela, uma invenção de 1954, conhecida como televisão,
estaria envolvida no ocorrido.
As estagiárias chegaram todas animadas para
apresentarem fotos de sua cidade, então era necessária a utilização da televisão
da sala de aula. Então se iniciou a corrida atrás do controle remoto que era
indispensável para dar vida ao televisor.
Busca aqui, caça ali, procura acolá e nada do controle
aparecer e assim passaram-se ¼ de hora, até que Stella Lima, uma linda aluna da
2001, apresentou uma suposta solução dizendo: “Ei! Aqui na sala tem um menino
que possui um celular que pode ser usado como controle remoto da televisão,
deste modo podemos ligar a TV e usá-la!”. A estagiária animada logo respondeu:
“Nossa Stella que boa ideia!”.
Nesse meio tempo, um tempo de aula já havia passado,
pois é o tempo passa depressa e já era chegada hora do intervalo, então todos
se encaminham para a área central da escola, entre conversas e briguinhas sem
fundamento os 20 minutos de descanso se passaram e era chegada a hora de voltar
à aula, que naquele momento era de geografia.
Mas, aí quando as estagiarias (já cansadas e sem
esperança), foi então procurar o tal menino que se chamava Tiago Simeão, cadê o
rapaz? Já era ouvido o som do sinal, simbolizando o fim do intervalo e nada do
menino retornar. Cadê esse menino? Ele tá aonde? Gente, ele veio mesmo para a
escola hoje? Essas são algumas das perguntas que saía da boca das estagiárias.
Sensibilizado com a procura do remoto controle, eis
que se levanta o Pietro e pergunta: “Será que posso ir lá fora e procurar o
Tiago?”, a resposta fora Sim, vai!
Eis que o Tiago é resgatado por Pietro, e então
utiliza seu aparelho celular para a TV ligar. NOSSA! Naquele momento o celular
parecia à salvação, a solução.
Ufa! Logo pensaram as estagiarias, até que enfim
conseguimos, mas ligar a TV não fora o suficiente para solucionar a questão.
Os alunos informaram que o uso da TV era proibido e se
caso a pobre se danificasse a culpa não ia ser das estrelas, pois é ... a culpa
ia ser das estagiárias.
Nesse instante, os olhares das estagiárias se enchem
de decepção. A busca pelo remoto controle havia se encerrado e a aula
finalmente ia começar, não como se havia planejado, mas de forma diferente e
cheia de obstáculos. Mas, no final, isso que de fato importa tudo deu certo, o
controle já não estava, mas no remoto controle, o controle agora era delas.
Como é possível perceber no conto, há a necessidade da utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), dentro da sala de aula, e principalmente na aula de Geografia na qual a utilização das imagens faz-se necessária para melhor compreensão dos alunos. Segundo Moran em Melo:
ResponderExcluirAs tecnologias de informação e comunicação (TIC), segundo Moran (2005), chegam às salas de aulas para facilitar a prática de professores e alunos, unindo as atividades em grupos de aprendizagem sendo bem mais proveitoso.(MELO,Antonio Claudemir de; et alt. 2009).
Porém, nem sempre as escolas estão preparadas adequadamente para receber essas novas tecnologias impossibilitando dessa forma os professores conseguirem dar suas aulas como planejado. Como ocorreu com as personagens no conto. Dessa forma prejudicando os alunos por não poderem ter esse recurso na maioria das aulas.Como mostra Maio e Setzer em seu artigo.
Uma pesquisa da UNESCO em treze capitais brasileiras (Abramovay & Castro, 2003), com 7.000 professores e 50.740 alunos de 673 escolas públicas e privadas, revelou que estudantes e professores concordam sobre os três principais problemas no ensino: alunos desinteressados, alunos indisciplinados e falta de espaço. Observou-se ainda que a diferença social marca e divide os anseios dos alunos do ensino médio. Na maioria dos casos, os alunos das escolas públicas estão em desvantagem em relação aos das privadas na questão de acesso à Internet, aos laboratórios e às atividades extracurriculares. (MAIO, Angelica Carvalho di; SETZER, Alberto W, 2011).
Como se pode observar, os alunos de escolas públicas acabam saindo em desvantagem em relação ao aprendizado significativo nas escolas. Nem sempre o que os professores planejam para a aula funciona. Percebemos no conto que as estagiárias perderam uma aula enquanto procuravam o controle remoto e só conseguiram devido o celular de um aluno. Mas se quando planeja uma aula, deve-se ter sempre uma segunda alternativa em mente, porque dentro de sala de aula tudo pode dar certo, como pode também dar tudo errado.
Referência
MELO, Antonio Claudemir de; BERTONCELLO, Ludhiana; BERTONCELLO, Valdecir. O USO DE NOVAS TECNOLOGIAS PELOS PROFESSORES DE GEOGRAFIA DAS ESCOLAS PÚBLICAS: UM ESTUDO DE CASO NA CIDADE DE MARINGÁ. IX Congresso Nacional de Educação- EDUCERE- III Encontro Sul Brasileiro de psicopedagogia.2009. Disponível em:< http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/2464_1096.pdf>. Acesso em: 07 de março de 2015.
MAIO, Angelica Carvalho di; SETZER, Alberto W. Educação, Geografia e o desafio de novas tecnologias. Revista Portuguesa de Educação, 2011. Disponivel em:< http://www.scielo.mec.pt/pdf/rpe/v24n2/v24n2a10.pdf >. Acesso em: 07 de março de 2015.