terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Gravidez na adolescência

   Ao Estagiar em uma turma do 9º ano, no ano de 2013, pude observar que uma menina de 14 e um menino de 16 anos estavam a namorar.
     Eles se encontravam no recreio (intervalo) e sempre uma amiga ficava a porta para vigiar, quando alguém aparecia no corredor ela avisava. Thiago e Cristina estavam apaixonados, ela tinha permissão da mãe para namorar, mas a diretora da escola não permitia namoro nas dependências da escola. Eles pareciam cada vez mais apaixonados, não percebiam que aquela paixão estava se tornando algo muito sério. Até que, um dia, Fabiana, a amiga, revelou para a professora que Cristina estava grávida. A moça não sabia o que fazer, pois mesmo com a permissão da mãe ela não estava preparada pra ser mãe. Pensava em fazer um aborto, mas com a ajuda da amiga e da professora, Cristina - mesmo sendo uma menina inexperiente - pode ter sua filha. Eles conseguiram terminar o ano letivo com muitas dificuldades, as notas não foram as melhores, mas sua filha nasceu com saúde e perfeita.

     A atitude da professora e da amiga foi perfeita, elas conseguiram com êxodo resolver toda a situação. Se não fosse a amiga e a professora, talvez ela tivesse feito o aborto e com certeza teria parado de estudar. O educador, além de educar, também é um psicólogo, amigo, conselheiro, companheiro, ajuda nos momentos de dor. O professor deve estar capacitado a lidar com esses tipos de situações.

2 comentários:

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  2. De acordo com Carvalho (2012, p. 7), a gravidez na adolescência tem aumentado significativamente ao decorrer dos anos, a sua complexidade envolve diversos fatores como, por exemplo, fatores: econômicos, sociais psicológicos e fisiológicos. A fase da adolescência é conhecida por ser um momento de transição, entre a criança e o adulto, e de transformações sóciopsicológicas e anátomo-metabólicas. É uma etapa de insegurança, inquietação, vulnerabilidade e principalmente, uma fase de descoberta. A questão da gravidez precoce hoje está associada às modificações culturais, sociais, morais, familiares, entre outros. Outro fator de suma importância é a exposição precoce quanto à erotização, e o apelo sexual que faz com que cada vez mais cedo, os jovens iniciem a sexualidade. Propagandas, internet, televisão, influenciam muito nisso, visto que cada vez mais o apelo sexual é presente. Ou seja, o início precoce da vida sexual, o uso inadequado ou não uso de contraceptivos, a falta de conhecido quanto à contracepção, a falta de diálogo com os pais, a escassez de campanhas informativas na escola e profissionais da saúde, etc influenciam diretamente na gravidez precoce. A gravidez precoce deve ser analisada em diferentes perspectivas, pois cada adolescente têm sua particularidade e deve ser levada em consideração, além de apresentarem perfis diversos, de classes sociais, conhecimentos, valores e atividades diferentes, isto é, a sua particularidade (RESTA, 2010 apud CARVALHO, 2012, p. 24). No caso de Cristina e Thiago, a falta de conversa com os pais foi um fator importantíssimo, pois ela tinha medo da mãe. O papel da professora e da amiga foi de fundamental importância, para dar apoio a Cristina e fazer com que ela não abandonasse os estudos e nem o seu filho. Muitas vezes, no ambiente escolar, nós professores temos que ser pais e orientar nossos alunos como se fossem filhos. É preciso que a escola apóie esses alunos, e invistam em palestras, campanhas informativas, para que os alunos estejam conscientes e saibam as conseqüências de um ato impensado. Outra medida importante é a presença de um profissional da saúde na escola, em que na sua maioria é inexistente. A unidade escolar deve ser integradora e presente, a Cristina precisa de apoio e ajuda, e outras meninas devem estar passando pela mesma situação, e a escola precisa preocupar-se com esses jovens e integrar mais a relação família-escola-sociedade.

    Referência:
    CARVALHO, Bruna Ré. Investigando a gravidez na adolescência e seus determinantes nos dias de hoje. 04 fev. 2012. 31 f. Trabalho de conclusão de curso (Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família) – Universidade Federal de Minas Gerais, Uberaba/MG. 2012. Disponível em . Acesso em 13 mar. 2015.

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